Colheita da soja em Tapurah/MT avança lentamente, mas produtividade se mantém boa

A colheita da soja no município de Tapurah, em Mato Grosso, segue avançando, porém de forma lenta devido a fatores climáticos. Silvésio de Oliveira, produtor rural da região, concedeu uma entrevista ao site Notícias Agrícolas, onde compartilhou os desafios e as perspectivas para a safra de 2025.

O início das atividades de colheita foi afetado pelo atraso no plantio, o que resultou em um ritmo mais devagar. Além disso, o excesso de chuva que tem atingido a região tem dificultado ainda mais o andamento das colheitas. Silvésio destacou que a soja está sendo colhida com umidade elevada, o que tem gerado preocupações em relação à qualidade do grão.

Apesar dos desafios climáticos, os primeiros resultados da colheita indicam boas produtividades. A maior parte das lavouras colhidas tem apresentado um bom desempenho, com relatos positivos de outros produtores da região. “A grande maioria está com boa produtividade, as primeiras áreas estão muito boas”, afirmou Silvésio.

A expectativa é que, a partir desta semana, quase todos os produtores da região já estejam no campo, com a lavoura pronta para ser colhida. No entanto, o clima continuará sendo um fator crucial para o ritmo da colheita. Silvésio mencionou que há uma previsão de uma trégua na chuva, o que pode ajudar a acelerar o processo. No entanto, com todos os produtores concentrados no campo, é possível que haja um déficit de capacidade de armazenamento, o que pode gerar filas nos secadores da região.

Um dos problemas que está chamando a atenção dos produtores é a “podridão da vagem”, uma anomalia que tem surgido devido ao excesso de chuvas. Embora a soja nas lavouras pareça boa, esse problema pode causar grandes prejuízos.

No mercado, Silvésio observou uma lenta comercialização da soja, com as vendas acontecendo de forma gradual. O mercado interno tem oferecido preços um pouco melhores, mas ainda há incertezas, principalmente devido às condições climáticas e à falta de luminosidade nas últimas semanas. Ele acredita que a safra está sendo menos vendida comparada aos anos anteriores, uma vez que houve poucos momentos de preços favoráveis para os produtores.

Quanto à safrinha de milho, Silvésio expressou preocupação com os atrasos causados pelas chuvas, que também impactaram a dessecação da soja e o plantio do milho. A expectativa é de que o milho de segunda safra seja plantado um pouco mais tarde, com o processo se estendendo até maio.

Apesar dos contratempos, os produtores da região estão otimistas em relação aos resultados da soja e continuam atentos às condições climáticas, que desempenharão um papel fundamental nos próximos meses.

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